Etiquetas modernas substituem as malditas maquininhas dos anos 80 foto ggbcomunicação
Hoje,
infelizmente, vivi momentos como se
estivesse na década de 80, quando a população se “armava” com
calculadoras para checar o real valor do suado dinheirinho e tentava pegar os produtos
antes dos funcionários dos supermercados chegarem com a famigerada maquininha
para remarcar os preços.
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Pela
manhã fui ao Supermercado Grand Marché do Barroco, em Itaipuaçu, Maricá, e ao
pegar uma caixinha de uvas fui interceptado por um funcionário que não estava
com a tal maquininha, mas com a etiqueta pronta para reajustar os preços.
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Educadamente
pegou das minhas mãos a embalagem e tascou a etiqueta, passando de R$ 4,99 para
R$ 5,99. Repito, educadamente, ele disse
que o preço que constava valia até ontem, dia da promoção. Afinal de contas ele estava cumprindo ordens.
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Também,
educadamente, disse que esta remarcação deveria ter sido feita ontem,
após o expediente ou hoje antes de abrir as portas. Passou um filme na minha
cabeça, sentindo-me novamente um merda, lembrando ainda que Eduardo Paes disse que
Maricá é um lugar de merda, e que os anos 80 foram uma merda para nós
brasileiros.
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Fruto do esgotamento do modelo
econômico adotado pelo regime militar, o Brasil viveu a década de 80 com um PIB
fraco e a inflação em alta. Na tentativa de conter o aumento dos preços,
planos econômicos e ministros se sucediam em curto espaço de tempo. Desde 1981,
o Brasil teve seis moedas diferentes e quase 20 ministros da Fazenda.
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Diante da escalada
inflacionária, as palavras "recorde" e "histórico" eram
frequentes nas manchetes dos jornais. A inflação acumulada no País durante a
década de 80 foi de 36.850.000%.
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Ah, ia me esquecendo, não levei
a uva. Fica para a próxima promoção.
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ggbcomunicação (ggbcomunicacao@gmail.com)
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