quinta-feira, 4 de maio de 2017

A VOLTA DA FAMIGERADA REMARCAÇÃO DE PREÇOS NA CARA DO FREGUÊS

Etiquetas modernas substituem as malditas maquininhas dos anos 80                                                         foto ggbcomunicação
Hoje, infelizmente,  vivi momentos como se estivesse na década de 80, quando a população se “armava” com calculadoras para checar o real valor do suado dinheirinho e tentava pegar os produtos antes dos funcionários dos supermercados chegarem com a famigerada maquininha para remarcar os preços.
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Pela manhã fui ao Supermercado Grand Marché do Barroco, em Itaipuaçu, Maricá, e ao pegar uma caixinha de uvas fui interceptado por um funcionário que não estava com a tal maquininha, mas com a etiqueta pronta para reajustar os preços.
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Educadamente pegou das minhas mãos a embalagem e tascou a etiqueta, passando de R$ 4,99 para R$ 5,99.  Repito, educadamente, ele disse que o preço que constava valia até ontem, dia da promoção. Afinal de contas ele estava cumprindo ordens.
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Também, educadamente, disse que esta remarcação deveria ter sido feita ontem, após o expediente ou hoje antes de abrir as portas. Passou um filme na minha cabeça, sentindo-me novamente um merda, lembrando ainda que Eduardo Paes disse que Maricá é um lugar de merda, e que os anos 80 foram uma merda para nós brasileiros.
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Fruto do esgotamento do modelo econômico adotado pelo regime militar, o Brasil viveu a década de 80 com um PIB fraco e a inflação em alta. Na tentativa de conter o aumento dos preços, planos econômicos e ministros se sucediam em curto espaço de tempo. Desde 1981, o Brasil teve seis moedas diferentes e quase 20 ministros da Fazenda.
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Diante da escalada inflacionária, as palavras "recorde" e "histórico" eram frequentes nas manchetes dos jornais. A inflação acumulada no País durante a década de 80 foi de 36.850.000%.
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Ah, ia me esquecendo, não levei a uva. Fica para a próxima promoção.
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ggbcomunicação (ggbcomunicacao@gmail.com)

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