Jonas Lopes com os ex-governadores Garotinho e Rosinha
Políticos do Rio de Janeiro
estão cada vez mais enrolados com delações premiadas. Muitos não conseguem
dormir direito, porque podem ser acordados às 6 da matina com um policial
federal tendo que cumprir mandado de prisão, condução coercitiva ou busca e
apreensão
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Agora, a grande bomba no Estado é a delação
premiada do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), o conselheiro Jonas Lopes de
Carvalho, motivo de comentários e preocupação nos corredores da Assembleia
Legislativa (ALERJ). Já acertou que ficará dois anos com tornozeleira,
cumprindo prisão domiciliar na sua belíssima fazenda de Além Paraíba.
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Políticos estranham que o
ex-governador Anthony Garotinho (PR), que no seu blog diariamente faz denúncias
e comenta sobre os envolvidos em corrupção neste país afora, não escreveu uma linha
sequer sobre a recente condução coercitiva de Jonas Lopes Carvalho e seu filho
Jonas Neto e muito menos a delação premiada.
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Será porque Jonas Lopes foi
advogado da família Garotinho durante muitos anos, foi seu chefe da Casa Civil
no Estado e indicado por ele para integrar o Conselho do TCE-RJ? Será que é
porque Jonas Neto é um dos seus principais advogados, principalmente na justiça
eleitoral? Jonas é de Campos dos Goytacazes, terra de Garotinho.
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Segundo
o jornal O Dia, prefeitos, quatro conselheiros e um ex-conselheiro, políticos,
empresas e um ex-governador são peças-chave dentro da delação premiada do
ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Jonas Lopes de Carvalho,
atualmente licenciado. Ele só pode ser afastado por decisão do Superior
Tribunal de Justiça (STJ) mediante uma condenação.
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O depoimento, ainda guardado a sete chaves na
Corte de Brasília, é tratado nos bastidores da política carioca como
nitroglicerina pura. Com base na colaboração de Lopes mais uma operação da Lava
Jato promete abalar o Rio de Janeiro ainda este mês ou no início de abril.
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Bala
na agulha não falta no repertório de Lopes, alimentada pela experiência de
comandar a Corte de 2011 a 2016, auge das obras para a Copa do Mundo e
Olimpíada. Nesse período, ele tinha o poder de paralisar as fiscalizações do
corpo instrutivo do TCE nas obras do Maracanã, Arco Metropolitano, PAC das
Favelas e Linha 4 do Metrô.
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Esses
procedimentos, segundo investigação da Polícia Federal, ficaram ‘engavetados’ no
gabinete do então presidente. Só no caso do Maracanã eram 22 processos no TCE
parados. Até na casa de Lopes foram apreendidos documentos referentes às obras.
Os investigadores recolheram ainda três celulares, um deles com linha dos
Estados Unidos. Os aparelhos serviriam para negociações com empreiteiras e
políticos.
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Só
para lembrar as construções do Maracanã, Arco Metropolitano e PAC das Favelas
foram as mesmas que levaram o ex-governador Sérgio Cabral e mais 11 pessoas
para cadeia no ano passado por envolvimento em esquema de propina avaliado em
R$ 224 milhões. Hoje o grupo é réu na Justiça Federal.
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Para
Lopes abrir o ‘bico’ pesaram as acusações contra seu filho, o advogado Jonas
Neto (Joninhas) de ter clientela, principalmente de prefeitos, que se
beneficiavam com a paralisação de fiscalizações na Corte. A atuação do filho
levou Jonas a se indispor até com um conselheiro que foi avisá-lo do fato do
esquema ser comentado nos bastidores da Corte e até na Assembleia Legislativa
(Alerj). Na foto, pai e filho.
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Neste
cenário a temperatura no TCE está bem quente. Nos bastidores conselheiros
tratam Lopes como um traidor e garantem que estão indignados com a delação e
que aguardam, com ansiedade, o teor para rebater. O tribunal começou a ser
exposto a partir da delação de dois ex-executivos da Andrade Gutierrez, Clóvis
Renato Primo e Rogério Nora de Sá.
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Eles
contaram que, para garantir a aprovação dos contratos de obras e aditivos no
TCE, pagaram propina no valor de 1% do dinheiro repassado à empreiteira. Só no
caso da Linha 4 do Metrô a propina chegaria a R$ 66 milhões. Em dezembro, Lopes
e o filho foram levados à sede da Polícia Federal à força, ou seja, coercitivamente
por ordem judicial. Ninguém sabe onde estão pai e filho.
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ggbcomunicação (ggbcomunicacao@gmail.com)
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