quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Fim do recesso parlamentar em Maricá com sessão atípica na Câmara Municipal

Mesa diretora: Frank Costa, Aldair de Linda, Marcus Bambam e Dr. Ferlipe Auni                foto Paulo Celestino

A 1ª Sessão Ordinária do quadriênio 2017/2020 da Câmara Municipal de Maricá foi realizada ontem e marcada por uma oposição feroz a administração do prefeito Fabiano Horta (PT), por parte de dois jovens vereadores que estão no 1º mandato. Em pouco mais de duas horas, muitos parlamentares mostraram que sequer conhecem o Regimento Interno e transformaram a sessão numa feira livre, mas que foi contida pelo experiente presidente Aldair de Linda (PT) e, a exemplo da legislação anterior, o vereador Dr. Felipe Auni (PSD) mostrou coerência em seus pronunciamentos e que a oposição não estava com essa bola toda.
Os novos parlamentares, sem exceção,  agradeceram aos seus pais, amigos e vizinhos que confiaram os votos para que pudessem estar ali. Foram cenas patéticas como ocorreram no ano passado, quando os deputados federais votaram a favor do impeachment da Dilma: “pelo meu Brasil, pelos meus pais, pela minha família, pelos meus papagaios, pela minha honestidade”. Lembram? Foi ridículo!
Confesso que achei um saco  a sessão que contou com todos os 17 vereadores e só não fui embora como fez o recordista de votos Chiquinho (PP), porque queria ver como iria acabar o bate-boca improdutivo. Durante 40 minutos foi lido o sumário do expediente com mais de 40 indicações legislativas pedindo asfaltamento de ruas, poda de árvores, tapa buracos, troca de lâmpadas e outras coisas mais. Nenhum projeto de lei foi apresentado para surpresa do público que lotou as dependências da Casa.

Ricardinho Netuno (PEN) e Felippe Poubel (DEM) mostraram que são oposicionistas custe o que custar. Os dois meteram o pau no prefeito dizendo que enquanto ele pensa em fazer carnaval, a saúde de Maricá está agonizando. Lembraram que municípios como São Gonçalo, Araruama e Itaboraí não vão promover o carnaval que é lazer. Meteram o pau também no vereador Dr. Felipe Auni, que na última legislatura foi oposição ao governo de Washington Quaquá (PT) e que agora caminha com o prefeito continuista.
Experiente, Auni reafirmou que fez sim oposição a Quaquá porque não concordava como ele administrava a cidade. “Quaquá se escondia, não andava pela cidade. Era a favor de homenagear assassinos como Che Guevara, não gostava de escolas de samba e paralisou todas as obras graças a sua má gestão”, afirmou.
Dr. Felipe Auni disse ainda que em apenas 45 dias, Fabiano Horta retornou com as obras do novo hospital municipal, está visitando todas as obras retomadas e que as escolas de samba estão de volta a Maricá. “Carnaval é lazer sim, mas gera emprego e renda para ambulantes e comerciantes da cidade que neste ano poderão ganhar um pouco mais com a chegada de foliões de São Gonçalo, Itaboraí e Araruama. No reinado de Momo, o município arrecada mais. Eu seria incoerente criticar neste momento Fabiano Horta”, concluiu.
O líder do governo Fabrício Bittencourt (PTB) falou que a prefeitura montou uma grande estrutura, principalmente na área da saúde para o período carnavalesco. O vereador teve uma atuação tímida, porque se tocassem na área da saúde ou na coleta de lixo que continua irregular, poderia ficar de calças curtas. Ele foi secretário de segurança do governo Quaquá, área que deixou muito a desejar na administração passada.
O presidente Aldair de Linda, mostrando bom senso, equilíbrio e experiência, deixou rolar o bate boca com vários vereadores (todos de primeiro mandato) falando ao mesmo tempo. Ao encerrar a sessão, disse que a partir da próxima (segunda-feira a partir das 16 horas) todos os vereadores terão que respeitar o Regimento Interno, com um parlamentar falando de cada vez e cumprindo o tempo permitido. “Essa sessão foi atípica” afirmou, ao encerrar os trabalhos.

Na foto de Paulo Celestino, em 1º plano, Fellipe Poubel, Ricardinho Netuno e Chiquinho.

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