Hospital Municipal Conde Modesto Leal
Praticamente ninguém lê aquelas letrinhas
minúsculas do Jornal Oficial de Maricá (JOM) que publica diariamente os atos do
executivo. No dia 21 de novembro último, estava lá na página 12, “Conselho
Municipal de Saúde de Maricá resolve REPROVAR as contas da Secretaria Adjunta
de Saúde do exercício de 2015”. Só que o vereador Dr. Felipe Auni (PSD) não
deixa passar nada e, ontem, na sessão ordinária da Câmara, leu a publicação com
os vereadores que apoiam o prefeito Washington Quaquá (PT) se entreolhando,
como se estivessem pensando: pô, o cara descobriu!
Segundo o Conselho, a Secretaria de Saúde não
enviou as contas dentro dos prazos estabelecidos na lei de responsabilidade fiscal;
o Conselho não recebeu as informações solicitadas para análise da Comissão de Finanças
e Orçamentos e, portanto, não pode analisar os processos; o Conselho não
recebeu e nem participou da LDO e da LOA. As contas foram reprovadas por 05
votos a 03.
Na publicação do JOM, a conselheira Denise
Marchon Tinoco recusou categoricamente o relatório apresentado pela Secretaria.
“Recuso-me a compactuar com a imoralidade da minha cidade, onde tem criança ficando cega, gente morrendo, e quando sua mãe
foi enterrada tinha fila para enterrar, que morou dentro do Hospital Conde
Modesto Leal por seis meses. É um absurdo, é uma aberração”, afirmou a
conselheira acrescentando que faltam água e medicamentos básicos e que a
pediatra Andreia Faro tinha sido demitida.
O médico-vereador Dr. Felipe Auni, disse que
isso é muito grave e que o Ministério
Público Federal (MPF) deve ser acionado.
“Com as contas da saúde reprovadas, Maricá
pode perder repasses do governo federal, as contas bancárias da saúde
bloqueadas, além de sofrer até
intervenção federal. O Ministério Público Federal pode fazer auditoria e o
prefeito Washington Quaquá não está livre de se tornar inelegível por
improbidade administrativa”, garantiu o parlamentar.
Amanhã (09/12), ás 9 horas, acontecerá no plenário da
Câmara Municipal de Maricá a audiência pública da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) e às 14 horas, audiência pública do Conselho Municipal de
Saúde.
ggbcomunicação (ggbcomunicacao@gmail.com)
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