segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Garotinho o homem-bomba não explodiu e a entrevista a Roberto Cabrini foi tiro no pé

Entrevista de Garotinho a Cabrini teve muito suspense para tirar o sono, mas sem novidades     foto divulgação/SBT

O ex-governador Anthony Garotinho concedeu sua primeira entrevista após  ser preso pela Polícia Federal, acusado de ter comprado votos nas eleições municipais de outubro, utilizando o programa social Cheque Cidadão da Prefeitura de Campos onde sua mulher, a ex-governadora Rosinha é prefeita. Foi no início da madrugada de hoje no programa Conexão Repórter do jornalista Roberto Cabrini, no SBT. Uma tão esperada “bomba” que iria sacudir os meios políticos e empresariais não explodiu, mas Rosinha teme pela vida do marido. Nada de novo e muito menos impactante foi apresentado numa entrevista de uma hora, com ritmo de suspense, característica do jornalista para evitar que o telespectador durma. A gravação do programa foi no apartamento de Garotinho, na zona sul do Rio, onde cumpre prisão domiciliar.

Como era de se esperar, Garotinho usou suas velhas táticas, a de vitimizar e atacar. Ele falou que sofre perseguição do judiciário e que tem provas de corrupção envolvendo diversas autoridades do Rio de Janeiro, inclusive do poder judiciário. Garotinho pretende entregar nos próximos dias, ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, um dossiê contendo dois volumes com denúncias e provas documentais que vem publicando no seu blog, como a Operação Panamá.

“São denúncias com provas de 95 crimes de corrupção envolvendo obras da Delta,  para o governo do Estado do Rio durante o governo de Sergio Cabral, além de outros escândalos”, afirmou o entrevistado que mostrava  grandes hematomas no braço esquerdo e na coxa direita, provocados, segundo ele, pelos policiais federais quando da sua transferência do Hospital Municipal Souza Aguiar para a UPA do Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste carioca.

Garotinho disse a Cabrini que não tem envolvimento com esquema de compra de votos e que não roubou milhões, não tem casa em Mangaratiba e que também não possui lancha de R4 5 milhões.

Roberto Cabrini aproveitando a fala de Garotinho de que sofre perseguição, perguntou se ele não achava que é gente demais envolvida nisso, lembrando que a briga dele com a justiça é antiga, citando fatos como a condenação sofrida por Garotinho em 2010, por formação de quadrilha junto com Álvaro Lins. O jornalista também citou o fato de Garotinho ainda responder a três inquéritos no STF por peculato, lavagem de dinheiro, ameaça e crime eleitoral, além de ações por improbidade administrativa.

A ex-governadora e atual prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, teve pequena participação na entrevista. Ela teme pela vida de Garotinho, por ser um homem-bomba que pode explodir a qualquer momento. Rosinha disse ainda que o juiz Glaucenir Silva de Oliveira teria uma amizade com um coordenador de campanha de um de seus adversários nas últimas eleições.
Resumindo, a entrevista não apresentou nada de novo, não serviu para melhorar a imagem de Garotinho. Foi um verdadeiro tiro no pé!

ggbcomunicação (ggbcomunicacao@gmail.com)

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