Quaquá vai entrar na justiça contra o desconto do pré-sal foto Paulo Celestino |
O prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT) está
pulando mais que milho de pipoca na panela e com justa razão. É que com o
abatimento das operadoras do pré-sal em novembro, o valor trimestral recebido
pelo município foi de apenas 10% da produção. Despencou para R$ 2,6 milhões,
bem menos que os R$ 65 milhões esperados. No trimestre anterior, o município da
região metropolitana do Rio recebeu cerca de R$ 45 milhões. Ele vai entrar na
justiça juntamente com o município de Niterói e com o governo do Estado que também
tiveram a arrecadação descontada.
A produção
do pré-sal vem crescendo segundo previsões que vem recebendo da Agencia
Nacional do Petróleo (ANP). A Petrobras, a Shell e outras operadoras do pré-sal
têm a prerrogativa de abater os investimentos que fizeram na exploração inicial
dos poços, mas nesses tempos bicudos poderiam
fazer esses descontos em até 10 parcelas. Da forma como foi feito, os
municípios e o Estado não terão como fechar as contas do ano, afirmou o
prefeito maricaense.
Para Quaquá, a Petrobras tem uma nova visão
do mundo, descontou agora, cerca de R$ 1 bilhão dos municípios e estados e deve
abater o resto (R$ 3 bilhões) em fevereiro. Com sorriso irônico, falou que esse
dinheiro deve estar indo para a Petrobras e para a Shell gerar empregos nos
Estados Unidos. Só o governo do Estado do Rio de Janeiro perdeu mais de R$ 300
milhões e a prefeitura de Niterói, R$ 60 milhões.
O prefeito Washington Quaquá está preocupado,
porque com o dinheiro previsto do
petróleo, iria pagar a empresa que está construindo o novo hospital municipal
na Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106) em São José do Imbassaí e também investir na
educação e políticas sociais.
Em parceria, as prefeituras de Maricá e
Niterói e o governo do Estado vão entrar na justiça ainda nesta semana para
fazer pressão política no governo federal. Quaquá já conversou com o prefeito
Rodrigo Neves (PV) que vai intermediar tudo com o governador Luiz Fernando
Pezão (PMDB) com quem não tem o menor diálogo.
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