Quaquá preocupado com os rumos do país foto Paulo Celestino |
A
prisão do ex-governador Anthony Garotinho (PR), na manhã de ontem na zona sul
do Rio, promete muitas emoções. O prefeito de Maricá e presidente regional do
PT, Washington Quaquá fala em ditadura, o ex-presidente da OAB-RJ e deputado
federal Wadih Damous (PT) diz que houve arbitrariedade e Rosinha Garotinho (PR) afirma que muita coisa vai explodir.
Para
Quaquá, a prisão de Garotinho foi ilegal e desnecessária e é uma fachada ilegal
para a ditadura que está sendo instalada no Brasil. “Nunca fui aliado de
Garotinho e ele quase sempre foi meu adversário em Maricá. Não comemoro e mais
que isso, estranho muito sua prisão. Tudo me parece desnecessário, ilegal e
parte da escalada de um estado policial que pretende anular seus adversários
com condenação e cadeia. Uma fachada legal para a ditadura instalada no Brasil”,
afirmou o prefeito de Maricá que teve nas últimas eleições, o partido de
Garotinho como seu aliado e do candidato petista eleito prefeito Fabiano Horta.
Na Câmara, Quaquá conta com o apoio do vereador Bidi, do PR que ficou com a suplência
para a próxima legislatura.
Wadih Damous também criticou a prisão de Garotinho |
Outro
petista que também criticou a prisão de Garotinho foi o deputado federal Wadih
Damous, ex-presidente da OAB-RJ. Para ele é o estado policial operando a pleno
vapor, é o padrão curitibano adotado como paradigma em boa parte do país. Prende-se
a rodo, sem sentença, sem condenação. A mera suspeita ou a “convicção” de
juízes e procuradores se faz suficiente para a decretação de prisões. Dane-se o
devido processo legal, afinal de contas vale tudo para combater a corrupção.
Essas são as regras do estado de exceção. Você não as encontrará na
Constituição da República, disse Damous, acrescentando que não nutre qualquer
simpatia política por Garotinho, mas não pode se calar diante de mais essa
arbitrariedade cometida pelo estado policial instalado no país.
Rosinha dá declarações bombásticas a rádio gaúcha |
A
mulher de Garotinho, a prefeita de Campos e ex-governadora do Rio, Rosinha
Garotinho jogou mais lenha na fogueira numa entrevista a uma rádio gaúcha: “Muita
coisa vai explodir. Garotinho foi preso por que fez várias denúncias contra
gente grande como Sergio Cabral, Pezão, Luiz Zweiter, ex-presidente do TJ-RJ e Picciani, presidente da ALERJ", disse Rosinha a emissora de rádio.
Garotinho foi preso pela Polícia Federal acusado de ter
comprado votos nas últimas eleições municipais em Campos, utilizando o Cheque
Cidadão que é um programa social para ajudar a população mais carente.
Sergio Cabral foi preso pela Polícia Federal no seu apartamento do Leblon |
Quanto
a prisão hoje do ex-governador Sergio Cabral (PMDB), ainda não se sabe o que
falou no interrogatório na Polícia Federal do Rio. Cabral também tem mandado de prisão preventiva decretado pelo juiz Sergio Moro, da Operação Lava Jato. O governador Pezão está quietinho no seu canto.
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