terça-feira, 22 de novembro de 2016

O outro lado da moeda de Sergio Cabral e a entrega de bandeja do "amigo e parceiro" Pezão

Sergio Cabral do luxo a simplicidade do sistema carcerário       foto reprodução
O ex-governador e agora presidiário de Bangu, Sergio Cabral (PMDB) não precisou nem de uns puxões de orelha para mostrar que além de arrogante e pretensioso, também é alcaguete para tirar o dele da reta, se é que é  possível. Logo no seu primeiro depoimento na Polícia Federal, quinta-feira passada quando entrou em cana, entregou o “irmão parceiro” (como dizia) Luiz Fernando Pezão, seu vice. Cabral por força de ofício foi obrigado a trocar de hábitos, do luxo a simplicidade às custas do povo que paga a manutenção do sistema carcerário. Até nisso ele leva o dinheiro do trabalhador honesto.
Cabral disse que o governador Luiz Fernando Pezão, secretário e vice-governador na sua gestão, foi quem lhe apresentou Hudson Braga, apontado pela Procuradoria da República como um dos operadores de propina em esquema de corrupção milionário do qual o ex-governador teria sido o líder em seus dois mandatos (2007 a 2014).

Ainda segundo Cabral, que negou à PF ter se beneficiado de irregularidades e acusou os empresários que o delataram de estarem mentindo, Pezão foi o responsável por escolher Hudson para o cargo de subsecretário de Obras. Posteriormente, Hudson veio a ocupar o cargo de secretário de Obras na gestão de Cabral no lugar de Pezão.
Cabral com a mulher Adriana, os ternos de grife e o vaso sanitário luxuoso
Do Leblon para Bangu
Curtindo a nova “mansão” em Bangu, que por ironia do destino foi ele quem inaugurou quando era governador, Sergio trocou os ternos sob medida de marca italiana que custavam de R$ 18 mil a R$ 140 mil, por camisa de presidiário, calça jeans e tênis. No lugar de se alimentar em restaurantes luxuosos na Europa, agora come pão com manteiga e café com leite, macarrão, carne, arroz e feijão. Os vinhos foram substituídos por refrescos bem aguados. Ah, o corte de cabelo máquina 2 foi feito pelo coiffeur do sistema penitenciário do Estado do Rio de Janeiro para ficar bem bonito na foto. O banho de sol que era feito na pérgola da piscina da sua mansão de Mangaratiba foi trocado pelo pátio da penitenciária.
Vaidoso e preocupado com o que pode acontecer com ele, Cabral por força maior, continua com forte esquema de segurança. Agora, não é para proteger a sua integridade física e sim para evitar que ele fuja do xadrez.
Acostumado a se hospedar em hotéis  cinco estrelas, com diárias em torno de R$ 18 mil, está agora numa suíte de 16 metros quadrados, com mais cinco parceiros também acusados de corrupção. No lugar de colocar a bundinha na privada que tem na sua mansão de Mangaratiba, repleta de botões da marca polonesa Xime (de privadas de alta tecnologia que fornece água em três temperaturas: 35ºC, 40ºC ou 45ºC e que pode aquecer o assento), Sergio Cabral está dando a barrigada no vaso sanitário chamado de “boi”, buraco sem louça.
Ah, parece que Lula fez escola. Durante seu depoimento na Polícia Federal, Sergio Cabral disse várias vezes que “não sabia”. Será que ele já sabe que a justiça bloqueou cerca de R$ 11 milhões da conta bancária da mulher Adriana Ancelmo, também investigada e que pode entrar em cana também.
 Para terminar, o PR expulsou a deputada federal Clarissa Garotinho por não ter seguido a orientação partidária numa votação na Câmara. Aqui no Rio, o PMDB não tomou qualquer medida contra o seu filiado Sergio Cabral atolado em escândalos.

ggbcomunicação (ggbcomunicacao@gmail.com)


Nenhum comentário:

Postar um comentário