Sergio Cabral do luxo a simplicidade do sistema carcerário foto reprodução |
O
ex-governador e agora presidiário de Bangu, Sergio Cabral (PMDB) não precisou
nem de uns puxões de orelha para mostrar que além de arrogante e pretensioso,
também é alcaguete para tirar o dele da reta, se é que é possível. Logo no seu primeiro depoimento na Polícia
Federal, quinta-feira passada quando entrou em cana, entregou o “irmão parceiro”
(como dizia) Luiz Fernando Pezão, seu vice. Cabral por força de ofício foi
obrigado a trocar de hábitos, do luxo a simplicidade às custas do povo que paga
a manutenção do sistema carcerário. Até nisso ele leva o dinheiro do trabalhador
honesto.
Cabral
disse que o governador Luiz Fernando Pezão, secretário e vice-governador na sua
gestão, foi quem lhe apresentou Hudson Braga, apontado pela Procuradoria da
República como um dos operadores de propina em esquema de corrupção milionário
do qual o ex-governador teria sido o líder em seus dois mandatos (2007 a 2014).
Ainda segundo Cabral, que
negou à PF ter se beneficiado de irregularidades e acusou os empresários que o
delataram de estarem mentindo, Pezão foi o responsável por escolher Hudson para
o cargo de subsecretário de Obras. Posteriormente, Hudson veio a ocupar o cargo
de secretário de Obras na gestão de Cabral no lugar de Pezão.
Cabral com a mulher Adriana, os ternos de grife e o vaso sanitário luxuoso |
Do Leblon para Bangu
Curtindo a nova “mansão” em
Bangu, que por ironia do destino foi ele quem inaugurou quando era governador,
Sergio trocou os ternos sob medida de marca italiana que custavam de R$ 18 mil
a R$ 140 mil, por camisa de presidiário, calça jeans e tênis. No lugar de se alimentar
em restaurantes luxuosos na Europa, agora come pão com manteiga e café com
leite, macarrão, carne, arroz e feijão. Os vinhos foram substituídos por refrescos
bem aguados. Ah, o corte de cabelo máquina 2 foi feito pelo coiffeur do sistema
penitenciário do Estado do Rio de Janeiro para ficar bem bonito na foto. O
banho de sol que era feito na pérgola da piscina da sua mansão de Mangaratiba
foi trocado pelo pátio da penitenciária.
Vaidoso e preocupado com o que
pode acontecer com ele, Cabral por força maior, continua com forte esquema de
segurança. Agora, não é para proteger a sua integridade física e sim para
evitar que ele fuja do xadrez.
Acostumado a se hospedar em hotéis
cinco estrelas, com diárias em torno de
R$ 18 mil, está agora numa suíte de 16 metros quadrados, com mais cinco
parceiros também acusados de corrupção. No lugar de colocar a bundinha na
privada que tem na sua mansão de Mangaratiba, repleta de botões da marca
polonesa Xime (de privadas de alta tecnologia que fornece água em três
temperaturas: 35ºC, 40ºC ou 45ºC e que pode aquecer o assento), Sergio Cabral
está dando a barrigada no vaso sanitário chamado de “boi”, buraco sem louça.
Ah, parece que Lula fez
escola. Durante seu depoimento na Polícia Federal, Sergio Cabral disse várias
vezes que “não sabia”. Será que ele já sabe que a justiça bloqueou cerca de R$
11 milhões da conta bancária da mulher Adriana Ancelmo, também investigada e
que pode entrar em cana também.
Para
terminar, o PR expulsou a deputada federal Clarissa Garotinho por não ter
seguido a orientação partidária numa votação na Câmara. Aqui no Rio, o PMDB não
tomou qualquer medida contra o seu filiado Sergio Cabral atolado em escândalos.
ggbcomunicação (ggbcomunicacao@gmail.com)
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