Prefeito Washington Quaquá quer todos os ônibus circulando de graça em Maricá a partir de 2020 foto Paulo Celestino
Os ônibus da Viação Costa Leste que operam nas linhas municipais de
Maricá, na região metropolitana do Rio, estão com os dias contados. O prefeito
Washington Quaquá iniciou ontem o processo de cassação da concessão da empresa
que não vem cumprindo o contrato que só terminaria em 2019. A outra empresa que
também tem concessão, a Nossa Senhora do Amparo continuará atendendo a cidade,
mas o contrato não será renovado. A ideia é que a partir de 2020, Maricá seja
atendida exclusivamente pela Empresa Pública de Transportes (EPT) com os tradicionais
ônibus vermelhinhos que não cobram passagem.
Em entrevista a imprensa na tarde de ontem na Casa Darcy Ribeiro, em
Cordeirinho, Quaquá explicou que nos últimos dias a Costa Leste não vem
conseguindo atender ao contrato de prestação de serviço. Com o início do
processo a empresa terá 30 dias para se defender. Durante a entrevista, o
prefeito foi informado que dois ônibus da Costa Leste enguiçaram e deixaram os
passageiros no meio do caminho.
Segundo o prefeito, as linhas operadas pela Costa Leste serão atendidas
pelos ônibus da EPT que estão prontos para circular, aguardando apenas a
liberação da justiça. Recentemente, os vermelhinhos tarifa zero foram retirados
de operação por força judicial. A Amparo e Costa Leste alegaram que sofriam
concorrência desleal porque os coletivos municipais faziam os mesmos
itinerários sem cobrar a passagem.
Quanto ao futuro dos cerca de 120 funcionários da Costa Leste, eles
serão absorvidos pela EPT, garantiu o prefeito acrescentando que atualmente a
empresa municipal tem 23 ônibus e que a frota será aumentada no ano que vem. A
Costa Leste tem 17 ônibus, todos em péssimo estado, afirmou Quaquá.
Washington Quaquá disse ainda que o seu sucessor Fabiano Horta (PT) garantiu
que não vai renovar a concessão das duas empresas e que após passar o comando
da cidade, vai descansar, lançar sua autobiografia e dar aula no curso pré-ENEM da prefeitura, já
que é professor de sociologia concursado do Estado e pode ser requisitado pelo
município.
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