segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Eleições 2016

Helil Cardozo sofre derrota vergonhosa
O povo de Itaboraí impôs uma derrota vergonhosa ao prefeito Helil Cardozo (PMDB) que apesar de uma péssima administração, teve a cara de pau de tentar reeleição mesmo sabendo que a rejeição do seu nome chegava a 80%. Ficou em último lugar. Começou a administração estourando o dinheiro da prefeitura com festas para todos os lados, achando que o Comperj seria uma realidade. Não foi e o dinheiro acabou graças a sua incompetência. Traiu muita gente, rachou com o seu vice Audir Santana, mandou muitos servidores embora e os poucos que ficaram ainda tiveram seus salários reduzidos, com exceção da irmã que foi nomeada para um alto cargo criado por ele com salário acima de R$ 10 mil mensais.
A derrota foi tão grande que Helil Cardozo perdeu até para os votos brancos. Teve apenas 5% dos votos válidos, quantidade menor que a metade dos votos nulos. Agora está arrumando as malas juntamente com sua gang. Fim de festa para esse prefeitinho que pensava que a internet era suficiente para se reeleger. Sempre desprestigiou sua comunicação social e tinha um gabinete formado por amadores. Deu no que deu.
O novo prefeito é o deputado estadual Dr. Sadinoel, do Partido da Mulher Brasileira (PMB), que deve mandar fazer uma auditoria nas contas e  contratos firmados por Helil. Se fizer, vai ser barata voa. Também foram derrotados os ex-prefeitos Cosme Salles e Sergio Soares.
Lideranças em Maricá
Na cidade litorânea o petista Fabiano Horta foi para o alto do pódio, como estava mais ao menos previsto. A coordenação da campanha esteve a cargo do prefeito e presidente regional do PT, Washington Quaquá que imprimiu uma campanha firme, estratégica, colocando o principal adversário, o democrata Marcelo Delaroli contra a parede. Quaquá se ausentou do país por uns dias, a campanha de Horta ficou em banho maria. Retornou e mostrou toda  capacidade de fazer o sucessor,  único petista eleito no Estado do Rio. Fabiano Horta vai assumir a prefeitura com apoio da maioria dos 17 vereadores. O vereador eleito Jorge Castor (PT) deverá ser o novo presidente da Câmara a partir de 1º de janeiro de 2017.
Marcelo Delaroli perdeu a terceira campanha eleitoral consecutiva para prefeito de Maricá,  porque em momento algum mostrou, a exemplo das eleições anteriores, que tinha uma coordenação competente. Mais uma vez mostrou-se arredio à imprensa, contou com a assessoria de Comunicação Social de uma empresa da zona oeste do Rio que não conhecia nada da política maricaense e muito menos traçou um plano de mídia. Tricampeão em derrotas eleitorais, o democrata segue como suplente de deputado federal e se quiser tentar pela quarta vez consecutiva a Prefeitura de Maricá, deve começar agora a buscar profissionais capazes de levá-lo ao alto do pódio e não a soluções domésticas.
Ainda em Maricá, o presidente da Câmara de Vereadores, Chiquinho do Trailer, mostrou que apesar de ter rachado com o PT, após  12 anos de convivência, e ido para o PP, é uma liderança política que deve ser observada. Chiquinho foi o vereador mais votado e com certeza se continuar nesse ritmo tem tudo para disputar a prefeitura em 2020.
Também oposicionista, o vereador Dr. Felipe Auni (PSD) foi reeleito e poderá se candidatar a deputado estadual em 2018. Tem como coordenador o presidente municipal do PSD, Alexandre Oliveira, que conhece política e teria sido um excelente nome para coordenar a campanha de Delaroli.
Cidade Maravilhosa
O prefeito Eduardo Paes (PMDB) achando-se o máximo, peitou a todos e manteve a candidatura do seu apadrinhado Pedro Paulo certo de que ele seria eleito, apesar das denúncias de que  tinha batido na ex-mulher. Paes feliz da vida com o sucesso das Olimpíadas e Paralimpíadas e as obras feitas na cidade  apostou todas as fichas na vitória de PP. Perdeu feio para Marcelo Crivella e Marcelo Freixo que vão para o segundo turno. Eduardo Paes se esqueceu de que tem fama de traidor. Aliado de Lula e Dilma, se afastou dos dois e também descolou sua imagem dos amiguinhos Sergio Cabral e Pezão, respectivamente ex-governador e governador com licença médica, que levaram o Estado do Rio de Janeiro à beira da falência. O arrogante Eduardo Paes que pensava em se candidatar a presidente da república ou a governador do Estado do Rio deve estar com a cabeça entrando em parafuso. Não está com essa bola toda.
Outra derrota vergonhosa no Rio de Janeiro foi da deputada federal do PCdoB,  Jandira Feghali. Sem noção, foi para o debate da TV Globo para criticar a emissora  que segundo ela ajudou a derrubar a Dilma. O momento não era propício para este tipo de crítica. Recebeu o troco  da mediadora Ana Paula Araújo, que conheço desde quando era estagiária de jornalismo no Sistema Globo de Rádio e que tem como lema ‘bateu, levou”.
Fim da era Garotinho
A família Garotinho amargou derrota em Campos dos Goycatazes, cidade que estava sob seu comando desde os anos 90. A oposição venceu as eleições municipais e o candidato da família Garotinho, Dr. Chicão – atual vice da prefeita Rosinha Garotinho – ficou em segundo lugar.
Outro que pagou mico em Campos foi o deputado estadual Geraldo Pudim. Bateu de frente com Garotinho, saiu do PR e foi para o PMDB para disputar a prefeitura. Ficou entre os últimos colocados e sua reeleição em 2018 para a ALERJ corre perigo. Ficou evidente que se conseguiu alguma coisa na política foi porque era apadrinhado do ex-governador.
O PR de Garotinho também perdeu em São Gonçalo, segunda maior cidade do Estado do Rio. O prefeito Neilton Mulim ensaiou várias vezes que sairia do PR e que iria tentar a reeleição pelo PMDB. Não mudou de partido e não contou com o apoio de Garotinho. Perdeu e o segundo turno na cidade ficou com José Luiz Nanci e Dejorge Patrício. A diferença entre os dois foi menos de mil votos.
O PR de Garotinho apoia desde o início da campanha a candidatura de Marcelo Crivella. O candidato deixou claro que não quer o apoio do PMDB de Jorge Picciani e Eduardo Paes.

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