Está mais do que na hora de algum vereador apresentar emenda na legislação para acabar com o
vergonhoso voto secreto na Câmara Municipal de Maricá, para que cenas patéticas
não se repitam como as ocorridas na seção da última quarta-feira. Todos os
projetos de leis apresentados pelo oposicionista Felipe Auni (PSD) e vetados
totalmente pelo prefeito Washington Quaquá (PT) foram arquivados.
Como detalhe,
os projetos de leis antes de irem para a sanção do prefeito têm que ser aprovados
pelos vereadores em seções ordinárias. Na seção da semana passada, seis
vereadores em votação secreta, acompanharam os vetos de Quaquá, com o placar de
6 votos a um, o de Auni.
Vereador Felipe Auni - foto divulgação/Pery Salgado |
O vereador oposicionista Felipe Auni disse que só podia ser problemas
pessoais do prefeito com ele, já que Quaquá e seus vereadores votaram contra
projetos que proíbem o corte do fornecimento de água nos imóveis onde residam
pessoas portadoras de necessidades especiais ou acamadas, e reconhecer os
profissionais taxistas como prestadores de serviço de transporte púbico
alternativo de alta relevância como ocorre na maioria dos municípios
fluminenses. O parlamentar também não entendeu porque o prefeito que é
professor, vetou o projeto de lei que dispõe sobre a criação do Dia da
Motivação da Leitura nas escolas de Maricá.
Como na Câmara de Maricá nove dos onze vereadores são da base do
prefeito, a votação secreta não foi tão secreta assim. Fazem oposição ao
governo, o autor do projeto e o presidente da Câmara Municipal, Chiquinho (PP)
que estava ausente. Outros três parlamentares, da base do governo, também
faltaram.
Os votos “secretos” foram dos vereadores: Adelso Pereira (SD não
reeleito), que presidiu os trabalhos; Frank Costa (SD), Felipe Bittencourt
(PMDB); Bidi (PR não reeleito); Aldair de Linda (PT), e Bubute (PV).
Grupos nas redes sociais estão se mobilizando para acompanhar a partir
do ano que vem as seções ordinárias e extraordinárias da Câmara de Vereadores
de Maricá. O ideal seria acompanhar desde já porque até o recesso de fim de ano,
a partir de 15 de dezembro, muitos projetos serão votados por nove vereadores
que conseguiram se reeleger. A partir de janeiro, a Câmara terá 17 e não mais
11 vereadores com pelo menos 6 parlamentares na oposição ao prefeito eleito
Fabiano Horta (PT). Hoje tem seção ordinária a partir das 16 horas.
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